O telefonema de 2016, quando a então presidente Dilma Rousseff alertou Lula sobre a entrega urgente de um documento por “Bessias” para protegê-lo da justiça, revelou a verdadeira face de Jorge Messias. Longe de ser um técnico ou jurista, ele se mostrou um agente de um projeto de poder. Agora, levanta-se a possibilidade de ascensão desse “menino de recado” ao cargo vitalício de ministro do Supremo Tribunal Federal.
A antecipação da aposentadoria de Barroso, motivada por pressões geopolíticas diante dos desmandos do Supremo, abriu espaço para uma nova indicação. A escolha de Lula recai sobre Messias, figura que priorizou o partido em detrimento da lei. Sua sabatina está agendada para 10 de dezembro.
O histórico de Messias suscita preocupações. Ele foi o responsável por solicitar a prisão em massa dos manifestantes de 8 de janeiro, em sua maioria cristãos e evangélicos. Contrariando o papel bíblico de um diácono, que deveria amparar necessitados, Messias solicitou a “destruição civil” de cidadãos comuns. Além disso, emitiu parecer favorável ao aborto, gerando incoerência moral.
A oposição no Senado reconhece o risco de entregar a toga a um militante, perpetuando um projeto de poder. Questionamentos sobre a independência dos poderes, a defesa das liberdades individuais e o direito à opinião, atualmente em declínio, são levantados. Há ceticismo quanto à sinceridade de Messias na sabatina, temendo que suas ações posteriores contradigam suas promessas.
A alegação de que Messias é evangélico não o isenta de escrutínio. Discernimento é necessário para distinguir convicção de conveniência, e a atuação de Messias parece motivada por interesses políticos.
Questões cruciais permanecem sem respostas satisfatórias, como sua opinião sobre a pena de 14 anos imposta a um indivíduo, a criminalização de manifestações e a seletividade da liberdade de expressão.
A posição de alguns senadores é clara: o voto será contrário à indicação de Messias. A articulação contra sua nomeação continuará, expressando em voz alta as preocupações compartilhadas nos bastidores.
A questão central não é se Messias merece o Supremo, mas sim se o Brasil merece Messias no Supremo. A resposta, para muitos, é um sonoro não.
Fonte: pleno.news